domingo, 12 de fevereiro de 2012

Casa Amarela


Já cheguei com sofreguidão trôpega
Tais cores pálidas entusiasmam
Cheiro a velho e a usado
Rangem tábuas, confluem riscos, Fernando Pessoa na escadaria a mirar,
Atmosfera desamparada, tal como suspeito aqui os corações
Mão ásperas mas afinadas, quadros tortos,
Não é frio, esconde mesmo o calor de Verão
Nas salas, “litradas” de tinta a esbanjar
O que prolifera das mentes, tornado arte pelos corpos
“Queres uma bolacha”? Não, agradeço.
Recusar é feio, mas estou cheio…
Cheio com a vossa tamanha imensidão!
Vou deixar o email, sei que me irão avisar
Quero repetir, quero voltar, voltar
Subir e descer as escadas, cumprimentar Pessoa, recusar a bolacha, deixar o email,
Se fecharem vou ficar à porta a bater incessantemente
Até me deixarem entrar.


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